sábado, 17 de setembro de 2011
Noite
adormecido ao léu
na lomba da floresta
cedendo sob o céu
à tentação funesta
a cama na calçada
limite da sarjeta
e a testa hipotecada
nas fronhas do capeta
embora haja vassoura
não é doido varrido
mas teme quanto agoura
seu sono dividido
no seco olho da rua
é cisco e não se move
quem passa dá-lhe a pua
ou torce a ver se chove
Fabio Weintraub
http://www.germinaliteratura.com.br/2008/fabio_weintraub.htm